Apesar de receber quase R$ 4 milhões em emendas parlamentares destinadas à saúde e educação, Novo Repartimento (PA) enfrenta uma realidade alarmante: hospitais sem estrutura básica, escolas em condições precárias e denúncias de abandono por parte do poder público. (veja aqui)
Recursos milionários, resultados invisíveis
Entre 2024 e 2025, a prefeitura firmou convênios que somam R$ 3.868.209,00, provenientes de emendas parlamentares. Os recursos foram destinados, em sua maioria, à saúde, com repasses significativos do Fundo Nacional de Saúde e da Secretaria do Tesouro Nacional. Destacam-se os convênios:
- Convênio nº 20240010: R$ 2.165.209,00 – Senador Zequinha Marinho
- Convênio nº 20240009: R$ 500.000,00 – Deputado Raimundo Santos
- Convênio nº 20250001: R$ 300.000,00 – Deputado Delegado Caveira
Apesar dos repasses, a população não percebe melhorias nos serviços essenciais.
Saúde em colapso: falta de leitos e improvisos
Em apenas quatro meses de 2025, a prefeitura gastou R$ 18,6 milhões em saúde. No entanto, pacientes enfrentam a falta de medicamentos, carência de leitos e atendimento precário. Um caso emblemático envolve Jean Veras, vítima de acidente de trânsito, que aguardou dias por uma vaga em Belém, sendo transferido apenas para Marabá após intervenção externa. Outro paciente com fratura na coluna permaneceu seis dias na UPA local sem atendimento adequado, correndo risco de sequelas irreversíveis. Além disso, denúncias apontam o uso de papel em substituição a lençóis nos leitos da UPA, evidenciando o descaso com a saúde pública .
Educação negligenciada: salas quentes e carteiras quebradas
Na educação, a situação não é diferente. Professores relatam salas de aula sem ventilação adequada, com temperaturas elevadas, prejudicando o aprendizado. Em diversas vilas, as escolas apresentam carteiras quebradas e infraestrutura comprometida, refletindo a falta de investimentos e manutenção por parte da gestão municipal.
Contradições e falta de transparência
Enquanto a prefeitura promove ações pontuais e divulga visitas a escolas da zona rural como forma de aproximação com a comunidade, a realidade enfrentada por alunos e professores é de abandono e descaso. A falta de transparência na aplicação dos recursos e a ausência de melhorias concretas nos serviços essenciais levantam questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos.
Urgência por fiscalização e responsabilização
Diante do cenário de precariedade na saúde e educação, é imperativo que os órgãos de controle intensifiquem a fiscalização sobre a aplicação dos recursos em Novo Repartimento. A população merece respostas concretas e ações efetivas que garantam o acesso a serviços públicos de qualidade.
A situação atual exige não apenas promessas, mas comprometimento real com a melhoria das condições de vida dos cidadãos. A transparência na gestão dos recursos e a responsabilização por eventuais irregularidades são fundamentais para restaurar a confiança da população nas instituições públicas.
Este é um apelo por justiça e dignidade para os moradores de Novo Repartimento.
Algumas emendas destinadas a Novo Repartimento (PA):



Siga nosso perfil no Instagram: @estado_transparente