Vereador de Canaã passa vergonha ao tentar desqualificar manifestação de concurseiros

Manifestantes pediam o fim da cláusula de barreira que não cria um lista de espera
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Durante a sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (3), uma declaração do vereador Cleido Braz (UNIAO) provocou forte reação de candidatos do concurso público de Canaã. O parlamentar usou o termo “clausa” ao se referir à cláusula de barreira do edital e afirmou que “para passar, basta estudar”, numa tentativa de desqualificar os protestos que lotaram o plenário.

A fala equivocada, tanto no conteúdo quanto na forma, foi vista como um sinal de despreparo e falta de respeito com os concurseiros que reivindicam a retirada da cláusula de barreira, que atualmente impede a formação de cadastro reserva — mesmo diante da reconhecida carência de servidores em diversas áreas do município.

Como é que um vereador, que deveria nos representar, vem dizer que é só estudar, e ainda fala errado? Ele demonstrou que nem conhece o edital que está sendo debatido”, comentou uma candidata que participou da mobilização na Câmara.

Em sua fala, o vereador chega a afirma que “quem estudou foi classificado”, mostrando mais uma vez o desconhecimento do cronograma do concurso.

Demanda pública é maior que as vagas ofertadas

Apesar das dezenas de cargos disponíveis no concurso, o número de vagas é insuficiente diante das necessidades reais da rede pública de Canaã, segundo denunciam trabalhadores e moradores. A ausência de cadastro de reserva inviabiliza futuras convocações, mesmo que surjam novas demandas ou vacâncias, o que é comum ao longo do tempo.

Especialistas apontam que a cláusula de barreira é uma limitação desnecessária que prejudica tanto o município quanto os candidatos, e que sua retirada não gera custos adicionais para os cofres públicos.

Declaração infeliz e mal calculada

A tentativa do vereador de minimizar o protesto e ainda ironizar os manifestantes teve efeito contrário: fortaleceu a mobilização nas redes sociais, onde sua fala repercutiu de forma negativa. Para muitos, faltou preparo técnico e sensibilidade política.

“Essa não é uma questão de quem estuda ou não. É uma luta por justiça, por acesso ao serviço público e pelo bom uso do dinheiro da população”, reforçou outro candidato nas redes sociais.

Os candidatos prometem retornar à Câmara nas próximas sessões e pressionar o Ministério Público e a gestão municipal pela correção do edital. Eles também cobram um posicionamento mais técnico e menos político dos vereadores, lembrando que o concurso é uma ferramenta de acesso à cidadania e não um jogo de empurra-empurra ideológico.

Nas redes sociais, o vereador está apenas recebendo críticas por sua postura jocosa.

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