Na última quinta feira, 10, o prefeito reeleito de Cametá, Vitor Cassiano (MDB) teve seu mandato cassado por um crime eleitoral que agora lhe custa caro. O motivo? Uma farra de contratações durante o período eleitoral, com impressionantes 3.300 servidores admitidos de forma irregular, um claro abuso de poder político e econômico para garantir sua vitória nas urnas.
A sentença, decidida por 6 votos a 2 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é um tapa na cara de quem acha que pode manipular o jogo democrático e sair impune. A juíza Filomena Buarque, com firmeza e precisão, foi a voz da guilhotina no julgamento. Seguindo a divergência aberta pelo juiz José Airton Portela, ela não deixou pedra sobre pedra.
Foram 3.300 contratos, uma máquina pública inflada para servir aos interesses de Cassiano, que acabou reeleito, mas agora vê o castelo desmoronar.
Além de perder o diploma, Vitor Cassiano foi condenado à inelegibilidade por oito anos, uma punição que o coloca fora do tabuleiro político até 2033. O vice-prefeito, por sua vez, escapou do rolo, o ato foi considerado “personalíssimo” do prefeito, que carregará sozinho o peso da sanção.
O prefeito, claro, não vai entregar os pontos tão fácil. Já sinalizou que recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, na tentativa de se agarrar ao cargo. Mas o recado do TRE é cristalino: abusar do poder político, enchendo a folha de pagamento com contratações eleitoreiras, é jogar sujo e a Justiça, mesmo que tardiamente, está de olho.
Fonte: Portal Parauapebas