Nesta quinta-feira (10), funcionários do Hospital Geral de Parauapebas (HGP) foram às ruas em frente à própria unidade de saúde para protestar contra a grave situação enfrentada por servidores e pacientes. O principal alvo das críticas foi a gestão municipal, cobrada por não pagar salários há mais de três meses, segundo relatos de diversos profissionais.
O protesto ganhou ainda mais repercussão porque aconteceu apenas um dia após a visita do prefeito Aurélio Goiano ao hospital, na quarta-feira (09). Durante a visita, o gestor municipal minimizou os problemas e declarou publicamente que “estava tudo bem”, negando os atrasos salariais. Ele ainda chegou a exibir a farmácia do hospital como prova do funcionamento adequado da unidade. No entanto, servidores e acompanhantes de pacientes desmentem a versão do prefeito e afirmam que os medicamentos mostrados não representam a realidade cotidiana.
“Faltam itens básicos todos os dias. Tem gente aqui improvisando atendimento porque simplesmente não tem material. E ainda dizem que está tudo certo?”, desabafou uma técnica de enfermagem que preferiu não se identificar por medo de retaliação.
Além dos salários atrasados, os servidores denunciaram a suspensão de cirurgias, a precariedade da estrutura física do hospital e a falta de insumos, agravando a situação de quem depende exclusivamente do sistema público de saúde em Parauapebas.
O contraste entre o discurso político e a realidade vivida no chão do hospital gerou revolta entre os trabalhadores, que exigem providências imediatas. A manifestação foi pacífica, mas deixou claro o clima de insatisfação generalizada e a pressão sobre a gestão municipal para resolver os problemas estruturais e trabalhistas da unidade.
Até o momento, a Prefeitura de Parauapebas não emitiu nota oficial sobre o protesto dos servidores.