Justiça condena Secretário de Obras de Parauapebas por corrupção e esquema de propinas milionárias

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A Justiça de Parauapebas escancarou mais um capítulo vergonhoso da política local. O atual secretário municipal de Obras, Roginaldo Rebouças Rocha, foi condenado pela 2ª Vara Criminal por corrupção passiva, acusado de participar de um esquema milionário de pagamento de propinas para assegurar apoio político a contratos da Prefeitura.

De acordo com a sentença do juiz Rômulo Nogueira de Brito, vereadores recebiam até R$ 10 mil mensais em troca de sustentação política. O magistrado fixou a pena de 3 anos e 6 meses de prisão, além de multa, determinando também a perda definitiva do cargo público após o trânsito em julgado.

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A decisão reforça que Roginaldo utilizou sua posição para violar diretamente os deveres da Administração Pública, tornando sua permanência em funções oficiais incompatível com o interesse coletivo. Além da pena criminal, ele e outros réus foram condenados a pagar R$ 500 mil em indenização por danos ao erário.

O processo revelou gravações e testemunhos que comprovam a entrega de dinheiro e a articulação do esquema. O juiz destacou que a corrupção praticada “gerou consequências devastadoras para a moralidade administrativa”.

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A investigação, que integra a Operação Filisteus, atingiu ainda outros envolvidos, todos penalizados com penas de reclusão e multas, por garantir apoio político em contratos públicos por meio de repasses ilícitos.

Ainda cabe recurso, mas a condenação já coloca em xeque a credibilidade da gestão municipal e escancara a necessidade de vigilância social constante contra a corrupção.

O episódio expõe novamente como a máquina pública em Parauapebas tem sido usada como moeda de troca política, onde contratos e cargos se convertem em propina, em detrimento do interesse da população, que segue à margem de uma gestão corroída pela falta de ética.

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Apesar da condenação, Roginaldo não será afastado imediatamente. Ele apresentou recurso, e enquanto o Tribunal de Justiça do Pará não julgar a apelação, os efeitos mais graves da sentença — prisão, multa e perda do cargo — permanecem suspensos.

Mesmo assim, a decisão já provoca fortes questionamentos sobre a permanência de Roginaldo à frente da Secretaria de Obras. Caso a sentença seja confirmada em segunda instância, o secretário poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, tornando-se inelegível e sepultando qualquer pretensão política futura.

E agora?

Embora ainda seja possível recorrer, a condenação representa um duro golpe à credibilidade da gestão municipal. A Operação Filisteus deixa claro que a corrupção em Parauapebas tinha estrutura, comando e interesses escancarados — um alerta urgente para a sociedade, que não pode abrir mão da vigilância social. Afinal, o desvio de verbas públicas e a troca de favores políticos continuam minando o princípio da administração pública e os direitos da população.

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