A Associação dos Produtores Rurais Independentes da Amazônia (APRIA) publicou uma nota de forte tom crítico denunciando o que classifica como a maior violação já vista contra o agronegócio da Amazônia. Segundo a entidade, produtores rurais do Pará estão sendo expostos, criminalizados e abandonados enquanto sindicatos, federações e parlamentares permanecem em silêncio.
A denúncia se refere à decisão judicial que obriga a divulgação pública das Guias de Trânsito Animal (GTAs), incluindo CPF, rotas, origem e destino do gado.
Em sua denúncia, a APRIA argumenta que a exposição desses dados representa um “abuso, um retrocesso e um atentado à segurança e à liberdade econômica” dos produtores paraenses. Segundo a associação, a decisão expõe e criminaliza os trabalhadores rurais, que estariam “abandonados” por entidades de classe e parlamentares que permanecem em silêncio.
“Todos calados. Omissos. Coniventes.”
A APRIA critica a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), os sindicatos rurais e os deputados estaduais e federais que afirmam defender o setor, mas que, segundo a entidade, permanecem “omissos” diante da decisão judicial.
“Onde está a FAEPA? Onde estão os sindicatos rurais? Onde estão os deputados que dizem defender o produtor?”, questiona a associação em suas redes sociais. A APRIA posiciona-se como uma das poucas entidades a enfrentar o que considera um “abuso institucional”.
APRIA recorre da decisão e promete resistência
Diferentemente das demais organizações do setor, a APRIA confirmou que já recorreu da decisão judicial. A entidade prometeu continuar a luta de forma independente, “de cabeça erguida”, em defesa dos direitos dos produtores.
A associação reforçou seu convite para que produtores rurais da região se juntem à mobilização, destacando que “quem defende o produtor rural da Amazônia é quem tem coragem de dizer NÃO ao abuso e SIM à justiça”.
A polêmica sobre a divulgação de dados de transporte de gado tem dividido opiniões no setor agropecuário. Ambientalistas e órgãos de controle defendem maior transparência para combater crimes ambientais e sanitários, enquanto produtores rurais afirmam que a exposição de informações pessoais e logísticas compromete a segurança das propriedades e o sigilo comercial.
A APRIA, sediada no Pará, posiciona-se como uma das poucas entidades que decidiram enfrentar judicialmente a decisão, buscando proteger os direitos dos produtores da Amazônia diante do que consideram um ato de “abuso institucional”.
A entidade reforça o convite para que produtores rurais se juntem à APRIA e participem da mobilização em defesa da categoria.
📞 Contato: (94) 99151-2754
🏛 Associação dos Produtores Rurais Independentes da Amazônia – APRIA