A gestão do prefeito Jaime Silva (Óbidos) voltou ao centro de uma grave polêmica. O presidente da Associação dos Pescadores e também vereador, Rylder Afonso, acusou a prefeitura de desviar R$ 200 mil que deveriam ter sido destinados à construção da sede do Sindpesca, no distrito Flexal.
Segundo Afonso, o recurso veio por meio de emenda parlamentar do deputado federal Júnior Ferrari e entrou na conta da prefeitura, mas nunca chegou ao sindicato. A denúncia foi feita publicamente durante a inauguração da nova sede, em maio, quando o vereador exibiu documentos e chegou a jogá-los para a plateia como forma de provar a existência do repasse.
Retaliação contra moradores do Flexal
Após a denúncia, moradores do distrito Flexal relatam que passaram a sofrer represálias da administração municipal. O serviço de coleta de lixo foi suspenso desde 12 de junho, deixando a comunidade sem atendimento. O resultado é um cenário degradante: ruas tomadas por entulho e a entrada do distrito se transformando em um verdadeiro lixão a céu aberto.
O criador de conteúdo digital Nicollas Brito, conhecido por denunciar falhas da atual gestão, reforçou a denúncia:
“A população do Flexal está sem carro do lixo há cerca de dois meses. Isso tem causado sérios transtornos e a entrada do distrito está se tornando um lixão a céu aberto.”
Histórico de acusações contra Jaime Silva
Essa não é a primeira vez que o prefeito de Óbidos enfrenta acusações relacionadas à má gestão de recursos. Nicollas Brito lembra que já existem denúncias sobre desvios de verba pública e irregularidades no pagamento do 13º salário de servidores municipais, o que alimenta ainda mais o desgaste da imagem do gestor.
Até agora, a prefeitura de Óbidos não se pronunciou sobre as denúncias do vereador Rylder Afonso nem sobre a suspensão da coleta de lixo no distrito Flexal. O silêncio, no entanto, apenas aumenta a insatisfação da população, que se vê duplamente penalizada: pela suspeita de desvio de dinheiro público e pela precariedade dos serviços essenciais.
