A manhã desta quarta-feira foi marcada por uma operação de forte repercussão em Parauapebas, no sudeste do Pará. A Polícia Civil do Estado prendeu Denilson Santos Vera, conhecido como “Coringa”, apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Pará.
A prisão ocorreu por volta das 10h45, no Cemitério Municipal de Parauapebas, durante uma ação estratégica coordenada pela 20ª Seccional Urbana da Polícia Civil, com apoio da Delegacia de Homicídios, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Tucuruí e da Superintendência Regional de Carajás.
Contra ele, um mandado de prisão de São Paulo
Denilson estava com mandado de prisão em aberto expedido pela 5ª Vara do Júri da Comarca da Barra Funda, em São Paulo. O processo, de número 1513512-97.2025.8.26.0228.01.0002-07, corre no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e motivou a operação integrada no município paraense.
Acusado de múltiplos homicídios e liderança de facção
As investigações apontam que “Coringa” ocupava o cargo de “Geral do Estado”, um dos postos mais elevados na hierarquia do PCC em território paraense. Ele é investigado por participação em dois homicídios ocorridos em Parauapebas e por suposto envolvimento em um quintuplico homicídio, crime que causou grande comoção na cidade e intensificou o cerco das forças policiais à facção.
Após a prisão, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas, onde passou pelos trâmites legais. A Polícia informou que as investigações continuam e que o foco agora é aprofundar as apurações sobre os assassinatos e a atuação da organização criminosa na região sul do Pará.
Estado em alerta: presença do PCC se expande
A prisão de uma liderança de alto escalão do PCC em Parauapebas evidencia o avanço da criminalidade organizada no interior do Pará e reforça a necessidade de operações conjuntas entre as forças de segurança estaduais.
A população espera respostas. A presença do PCC na cidade, antes vista como estratégia de grandes centros, já se mostra uma realidade nos municípios do Carajás.
A prisão de “Coringa” pode ter evitado novos crimes, mas revela o nível de infiltração do crime organizado no Pará.