Polícia Civil desmantela esquema de “taxa do crime” em Barcarena

Facebook
WhatsApp

Seis pessoas — cinco homens e uma mulher — foram presas pela Polícia Civil do Pará na manhã desta sexta-feira (9), durante a Operação “Parasita do Conde”, deflagrada no distrito de Vila do Conde, em Barcarena. A ação mirou uma facção criminosa acusada de extorquir empresários locais por meio da chamada “taxa do crime”.

A operação cumpriu três mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão em pontos estratégicos, incluindo as casas dos investigados e locais de venda de drogas. Segundo as investigações, o grupo ameaçava comerciantes com armas de fogo e organizava assaltos coordenados para forçar o pagamento de valores mensais entre R$ 200 e R$ 500.

“As vítimas relataram que, ao recusar o pagamento, sofriam represálias violentas. Um empresário que se negou a pagar teve um prejuízo estimado em R$ 12 mil, após um assalto ordenado pelos criminosos ao seu estabelecimento”, afirmou o delegado Mhoab Khayan, titular da Superintendência Regional do Baixo Tocantins.

Apreensões e flagrantes

Durante as diligências, a polícia apreendeu invólucros de cocaína, óxi e maconha, além de tabletes de entorpecentes e munições de calibres .40 e .38. Um dos detidos estava com drogas e munições em casa.

Todos os envolvidos também foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo que um deles responderá ainda por posse ilegal de munição. A polícia também localizou celulares com mensagens de ameaça e registros das extorsões, além da quantia de R$ 1.320,00, supostamente oriunda dos crimes.

A ação foi resultado de um trabalho investigativo da Delegacia de Vila dos Cabanos, com apoio de 50 policiais de diversas delegacias: Acará, Abaetetuba, Igarapé-Miri e Barcarena. A Delegacia de Homicídios de Abaetetuba e o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) também participaram.

“A integração das unidades do Baixo Tocantins tem sido essencial no enfrentamento ao crime. Essa operação mostra o compromisso da PCPA com a segurança da população”, destacou o delegado Hennison Jacob, da Diretoria de Polícia do Interior.

A operação foi batizada de “Parasita do Conde” como referência à prática predatória da facção, que agia como um verdadeiro parasita social, drenando recursos do comércio local para financiar o tráfico e outras ações criminosas.

Nos acompanhe no WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga o Canal PBS nas Redes