O município de Parauapebas, um dos maiores produtores de minério de ferro do Brasil, vem enfrentando uma retração significativa na arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) ao longo de 2025. Os dados divulgados pela ANM (Agência Nacional de Mineração) apontam uma tendência de queda nos repasses mensais, o que acende o alerta sobre a dependência econômica do município frente ao setor mineral.
Arrecadação mensal de CFEM em Parauapebas — 2025:
- Janeiro: R$ 77.548.671,29
- Fevereiro: R$ 72.470.272,11
- Março: R$ 50.891.794,43
- Abril: R$ 31.594.892,67
Total acumulado no quadrimestre: R$ 232.505.630,51
A redução representa uma queda de quase 60% entre janeiro e abril, o que pode comprometer investimentos em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura, todas financiadas em parte com os royalties da mineração.
O que motivou a queda?
Especialistas apontam duas razões principais:
- Redução na produção causada pelo período chuvoso prolongado na região de Carajás.
- Queda nos preços internacionais do minério de ferro.
Mesmo com essa retração, Parauapebas segue entre os três maiores arrecadadores do país, ficando atrás apenas de Canaã dos Carajás, que já arrecadou mais de R$ 250 milhões no mesmo período.
Sinal de alerta para a economia local
A dependência quase exclusiva da mineração torna a cidade vulnerável às oscilações do mercado global. A queda nos repasses da CFEM reforça a urgência da diversificação econômica, com incentivo a novos setores e planejamento de longo prazo.
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