MST protesta no Incra de Marabá por regularização de terras

Facebook
WhatsApp

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) retomou manifestações na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá, cobrando respostas sobre a regularização fundiária e outras demandas relacionadas à reforma agrária. O protesto, iniciado na segunda-feira (31), segue até a tarde desta terça-feira (1º).

O ato reúne integrantes do MST de diversas cidades do Pará, como Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás, além de representantes de outras regiões do estado. Segundo Viviane Brígida, coordenadora estadual do MST, a mobilização ocorre após uma trégua de três meses nas negociações com o Incra, o Governo Federal, a mineradora Vale e representantes do governo estadual.

Reivindicações do movimento

Entre as principais pautas estão a infraestrutura para assentamentos, acesso a crédito e subsídios para as famílias assentadas, além da regularização fundiária de duas áreas onde vivem cerca de 10 mil famílias: o Acampamento Terra e Liberdade, em Parauapebas, e o Acampamento Oziel Alves, em Canaã dos Carajás.

Além disso, o MST cobra avanços na construção de escolas em assentamentos, habitação e crédito rural. Uma das exigências é a criação de escolas no assentamento Palmares e no Acampamento Terra e Liberdade. “Esse é um conjunto de pautas que vão desde infraestrutura, educação e produção, discutidas com a Vale, o Incra, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, além do município e do governo do Estado”, explicou Viviane.

Segundo ela, o movimento esperava uma resposta até o dia 31 de março, conforme acordado em reuniões anteriores. Como não houve retorno concreto, os protestos continuam. “Ontem não conseguimos finalizar a pauta, hoje vamos retomar a reunião. Só sairemos após uma resposta concreta”, afirmou a coordenadora.

O Incra, por meio de sua assessoria, informou que “as pautas do movimento foram apresentadas e as tratativas estão em andamento”, sem previsão para a desocupação do prédio.

Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária

A mobilização também marca o início da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que ocorre anualmente até 17 de abril, em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996. “Tudo isso está incluso em um conjunto de ações que o movimento realizará ao longo de abril”, destacou Viviane.

Nos acompanhe no WhatsApp

Siga o Canal PBS nas Redes