Marabá (PA) foi escolhida para sediar a primeira edição da COP do Agro, marcada para os dias 3 e 4 de outubro de 2025. O evento reunirá produtores rurais, parlamentares e empresários do setor agropecuário com um objetivo claro: dar voz ao agronegócio da Amazônia antes da chegada da COP 30 da ONU, que acontecerá em novembro em Belém.
O que é a COP do Agro?
A “Conferência das Partes do Agronegócio” é organizada pela APRIA (Associação dos Produtores Rurais Independentes da Amazônia) e pretende debater temas como:
- Regularização fundiária
- Licenciamento ambiental
- Desmatamento
- Papel da agropecuária na economia amazônica
A proposta é criar um pacto temporário para reduzir o desmatamento até o evento, abrindo espaço para uma pauta mais técnica e menos ideológica sobre o setor.
Política, economia e pressão
A expectativa é reunir deputados federais, senadores, lideranças locais e internacionais. Um convite até foi enviado ao ex-presidente americano Donald Trump, que já declarou apoio à agricultura conservadora e criticou políticas ambientais mais duras. A presença dele ainda não foi confirmada, mas já gera burburinho.
O evento é visto como uma resposta à COP 30, da ONU, que terá um tom mais voltado à preservação ambiental e combate às mudanças climáticas. A COP do Agro, por outro lado, quer colocar o agro amazônico no centro da conversa — principalmente defendendo o uso produtivo das terras e a valorização do produtor.
Marabá como epicentro
O evento será realizado no Centro de Convenções Carajás, com painéis, debates e presença de grandes nomes da política e do agro. A programação completa ainda será anunciada.
Por que isso importa?
Com a crescente pressão internacional sobre a Amazônia, o evento tenta equilibrar os pratos: de um lado, o Brasil se compromete com metas ambientais; do outro, a produção agropecuária continua sendo o motor econômico da região.
A pergunta que fica é: dá pra preservar e produzir ao mesmo tempo? A COP do Agro promete tentar responder.