O corpo de Cleysson de Sousa Araújo, de apenas 20 anos, foi localizado na tarde desta terça-feira (20) em uma cova rasa, em um terreno baldio nas proximidades do Residencial Alto Bonito. O jovem estava desaparecido desde o último domingo (18), quando saiu para conhecer o Complexo Turístico da cidade e não voltou mais.
Natural de Paragominas, Cleysson havia chegado recentemente a Parauapebas acompanhado de familiares para trabalhar na instalação de uma câmara frigorífica. Hospedado em um hotel local, foi visto pela última vez por volta das 17h30 de domingo, quando informou que sairia para passear. Desde então, amigos, parentes e até moradores iniciaram uma mobilização em busca de informações, que infelizmente teve um desfecho trágico.
A confirmação da morte abalou a cidade e comoveu familiares. O pai do jovem, profundamente emocionado, falou à imprensa no local da descoberta do corpo:
“Agora vou voltar com meu filho pra casa, mas não do jeito que eu queria. Vou voltar com ele dentro de um caixão. Isso não é fácil. No dia que ele resolveu conhecer a cidade, aconteceu essa tragédia”, disse entre lágrimas. Ele ainda fez um apelo às autoridades para a instalação de câmeras de segurança no Complexo Turístico. “Talvez isso pudesse ter evitado ou ao menos ajudado a identificar os responsáveis.”
Indícios de execução e suspeita de envolvimento de facção
A Polícia Civil esteve no local e isolou a área para iniciar os procedimentos de investigação. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames necroscópicos que devem apontar a causa da morte.
O pai de Cleysson levantou a suspeita de que o crime possa estar relacionado à atuação de facções criminosas em Parauapebas. “Meu filho era trabalhador, veio pra cá com esperança de construir algo, e agora está morto. Queremos justiça e queremos respostas”, declarou.
População cobra segurança e justiça
A tragédia reacendeu o debate sobre a falta de segurança em pontos turísticos e áreas públicas da cidade. O Complexo Turístico, que deveria ser um espaço de lazer e convívio social, agora está no centro das discussões sobre abandono e vulnerabilidade.
“Ele só queria conhecer a cidade, passear um pouco. E agora vamos enterrá-lo. Quem fez isso precisa ser responsabilizado”, finalizou o pai.
Ajude a polícia com informações
A Polícia Civil segue com as investigações e pede o apoio da população. Informações que possam contribuir com a identificação dos autores podem ser repassadas de forma anônima para o Disque Denúncia da Central de Segurança Integrada: (94) 3312-3350.
