Enquanto o Ministério Público do Pará deflagra uma operação para desmontar uma organização criminosa instalada dentro da gestão municipal de Canaã dos Carajás, a prefeita Josemira Gadelha (MDB) adota o silêncio como resposta. Mesmo com a gravidade dos fatos — que envolvem pregoeiros, secretários e empresários ligados diretamente à prefeitura —, nenhuma manifestação oficial foi feita pela gestora até o momento.
A omissão é preocupante. Diante de uma denúncia tão séria, espera-se que uma prefeita eleita democraticamente se posicione em defesa do erário e da moralidade administrativa. O silêncio, no entanto, soa como conivência ou, no mínimo, demonstra fraqueza política.
A população de Canaã dos Carajás segue anestesiada. Não se trata apenas de uma crise de confiança — trata-se da integridade do serviço público, da transparência e do combate à corrupção em todos os níveis. Ignorar ou minimizar a existência de uma organização criminosa operando dentro da própria gestão é fechar os olhos para a realidade e abandonar o papel institucional que o cargo exige.
Josemira precisa, urgentemente, deixar claro de que lado está: do povo ou do sistema que saqueia os cofres públicos.