Um novo capítulo de tensão política se desenrola entre o governo do Estado do Pará e a Prefeitura de Ananindeua. O prefeito Dr. Daniel, um dos nomes mais bem avaliados da gestão municipal no Pará, denunciou tentativas de sabotagem por parte do governador Helder Barbalho (MDB), que estaria usando a máquina estatal para prejudicar os serviços essenciais da cidade, entre eles a coleta de lixo.
Segundo o prefeito, o Estado tentou judicialmente suspender o processo licitatório da Prefeitura para coleta de resíduos sólidos, um movimento que “quase comprometeu a prestação de um serviço essencial à população”. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) manteve o certame, e a Justiça rejeitou o recurso estatal, confirmando a continuidade da licitação e dos serviços.
Em vídeo publicado, Dr. Daniel ironizou a tentativa: “o estado perdeu, e a coleta continua em nossa cidade”
Resposta do Governo expõe desconforto político
Em resposta direta e quase imediata, o governo do Pará divulgou um comunicado oficial acusando o prefeito de disseminar “informações falsas” sobre a situação da coleta de lixo no município. O texto isenta o governo estadual de qualquer tentativa de obstrução dos serviços, mas não esconde o incômodo com o posicionamento político do gestor municipal.
Segundo o documento, a responsabilidade pela coleta de lixo é municipal, e o Estado apenas seguiu uma recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para manter os serviços temporariamente e realizar uma nova licitação em até seis meses.
Mas a pergunta que fica é: se não há intenção de interferir, por que o governador se manifestou com tamanho empenho?
Retaliação política ou zelo institucional?
O momento não passa despercebido por analistas. Dr. Daniel tem ganhado visibilidade estadual com uma gestão considerada eficiente e transparente, enquanto Helder Barbalho enfrenta crescente desgaste por escândalos envolvendo contratos públicos e nomeações questionáveis em diversas regiões do Pará.
Fontes próximas à base aliada do prefeito apontam que as pressões fazem parte de uma tentativa deliberada do governo estadual de minar a credibilidade de possíveis adversários nas eleições de 2026, especialmente em municípios estratégicos como Ananindeua, que possui o segundo maior colégio eleitoral do Pará.
Conclusão: o povo não é cego
Apesar da nota oficial do governo tentar pintar uma imagem de neutralidade, o histórico recente de perseguições políticas no estado levanta suspeitas. A tentativa de descredibilizar um prefeito que vem entregando resultados concretos à população reforça o uso da máquina estadual como ferramenta de intimidação e controle político.
O embate entre Helder e Dr. Daniel expõe o quanto a política paraense ainda está longe de se desvincular do jogo sujo. E mais uma vez, quem paga o preço é o cidadão comum.