O Governo do Pará, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), tentou barrar a continuidade da licitação e da coleta de lixo no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Conforme documento obtido, a Procuradoria ingressou com um agravo de instrumento com pedido expresso de efeito suspensivo (ID 147443363), alegando motivos jurídicos para anular uma decisão favorável ao município.
A ação, que visa interferir diretamente em um serviço essencial à população, causou indignação e acendeu o alerta para uma possível perseguição política orquestrada pelo Palácio dos Despachos. O alvo? O prefeito Dr. Daniel, gestor de alta aprovação popular e que desponta como potencial candidato ao Governo do Estado em 2026.
Enquanto moradores de Ananindeua enfrentam desafios com o lixo urbano, o Governo do Estado, em vez de colaborar, tenta judicializar um processo legítimo da prefeitura, que visa manter a cidade limpa e os contratos regulares. A postura é vista por analistas políticos como uma manobra clara de sabotagem institucional.
Pressão política disfarçada de juridiquês
O documento da PGE, assinado em nome do Estado do Pará (CNPJ 05.054.861/0001-76), busca sustentar o pedido de suspensão da licitação com base em argumentos processuais. No entanto, não escapa à crítica o momento e o contexto do processo, que coincidem com o fortalecimento da imagem pública de Dr. Daniel.
Por que o Estado tentaria impedir um serviço básico como a coleta de lixo, em um dos maiores municípios do Pará? Por que agora?
Essas perguntas pairam no ar e alimentam a narrativa de que o Governo do Estado, liderado por Helder Barbalho, tenta minar adversários políticos por meio da máquina pública e do uso estratégico da Justiça.
O povo paga o preço
Enquanto governadores e procuradores travam batalhas nos tribunais, quem sofre é a população, que corre o risco de ter o serviço de coleta interrompido ou atrasado por motivações alheias ao interesse público.
A tentativa de interferência revela a face mais perversa da politização da administração pública: usar a estrutura estatal para desgastar gestões municipais bem avaliadas, simplesmente por representar uma ameaça eleitoral.
A ação da PGE do Pará contra a Prefeitura de Ananindeua não é apenas um gesto jurídico: é um sinal de alerta. Quando um governo estadual tenta impedir a coleta de lixo de um município, está claro que o jogo político está valendo tudo — até mesmo o bem-estar da população.
O Tribunal de Justiça, felizmente, agiu com equilíbrio. Mas fica a pergunta: até quando o Governo do Estado vai usar o aparato público para perseguir prefeitos que ousam trabalhar e agradar a população?
