Globo e Record ignoram denúncias contra presidente da CBF para proteger interesses na Copa do Mundo de 2026

Facebook
WhatsApp

Enquanto diversas denúncias rondam os bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a grande mídia brasileira mantém um silêncio que grita. As emissoras Globo e Record, que detêm ou disputam os preciosos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2026, evitam qualquer posicionamento crítico ou aprofundamento investigativo contra o atual presidente da CBF.

A razão? Segundo apuração de bastidores, ambas as emissoras temem perder privilégios como credenciais exclusivas, entrevistas com jogadores e acesso prioritário a imagens da Seleção Brasileira. A Globo, inclusive, já garantiu a exibição de metade dos jogos do Mundial, incluindo todos os confrontos da Seleção. A Record, por sua vez, tenta negociar a outra metade das transmissões com a FIFA.

O silêncio, no entanto, tem custo. Diversas denúncias envolvendo condutas da cúpula da CBF circulam nos meios jurídicos e esportivos — de má gestão a favorecimentos internos — mas são sistematicamente ignoradas por parte da imprensa que, em outros tempos, já fez história com reportagens investigativas sobre corrupção no futebol.

Críticos afirmam que a “blindagem midiática” da entidade máxima do futebol brasileiro prejudica a transparência e a responsabilidade institucional, ao mesmo tempo que reforça o poder de barganha da CBF sobre os veículos de comunicação.

Copa do Mundo 2026: mais que futebol, um negócio bilionário

A edição de 2026 será a primeira a contar com 48 seleções, sediada em três países (Estados Unidos, Canadá e México) e com expectativa de audiência recorde. Isso transformou os direitos de exibição em moeda de ouro para as emissoras. Segundo estimativas da própria FIFA, o valor global de transmissão pode ultrapassar os US$ 3 bilhões.

É nesse contexto que se insere o silêncio estratégico da Globo e da Record, que evitam desafiar publicamente os dirigentes da CBF, priorizando os dividendos de seus contratos bilionários ao interesse público.

A pergunta que fica: até onde vai a conivência da grande imprensa com o poder — quando o preço é calar diante de denúncias?

Nos acompanhe no WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga o Canal PBS nas Redes