A Prefeitura de Novo Repartimento, comandada por Valdir Lemes Machado, tem feito uma verdadeira maratona de gastos com as mesmas empresas, os mesmos serviços e quase sempre sem concorrência.
Levantamento feito pelo Portal de transparência mostra que só em 2025 já foram pagos mais de R$ 1,2 milhão em contratos repetidos e pouco transparentes.
Em muitos casos, a prefeitura paga todo mês o mesmo serviço, como se fosse um novo contrato. Isso acontece com internet, softwares e materiais gráficos, sempre com as mesmas empresas e descrições idênticas nos documentos.
A empresa Netcon Comércio de Produtos para Informática recebeu R$ 451 mil só neste ano para fornecer internet a várias secretarias.
Mas o curioso é que as notas mostram pagamentos mensais praticamente iguais, como “serviço de internet para atender as secretarias municipais”.
Ou seja, o serviço é o mesmo, mas a prefeitura paga várias vezes, o que indica fatiamento de contratos — uma forma de burlar licitações maiores.
Gráfica e serviços duplicados
A Gráfica Central EIRELI também aparece como uma das campeãs de pagamentos.
A empresa recebeu R$ 564 mil em 2025 para imprimir materiais para várias secretarias, principalmente Cultura e Saúde.
Só que as notas mostram vários pagamentos no mesmo dia, com descrições idênticas, como “confecção de material gráfico para atender à secretaria”Grafica NV 2.
Além disso, a servidora Adriana Maria Silva Morais também recebeu R$ 11,6 mil por serviços parecidosGrafica NV.
Isso levanta dúvidas sobre a necessidade real desses gastos e se a prefeitura não está dividindo artificialmente os contratos para fugir de licitação.
Programas e sistemas pagos todo mês
No setor de tecnologia, o padrão se repete.
A empresa Gera Sys Tecnoinfo LTDA recebeu R$ 44 mil este ano para licenças de software da folha de pagamento.
Todo mês é o mesmo texto nas notas: “licença de uso de software para cálculo e emissão de folha de pagamento”Ti Nv 3.
A JMC Soluções Educacionais também ganhou R$ 151 mil com o programa “Gestor Escolar Web”.
Tudo foi contratado por inexigibilidade — ou seja, sem concorrência pública, com justificativas praticamente iguais mês após mêsTi Nv.
Dinheiro público indo pro mesmo lugar
Somando só essas quatro empresas — Netcon, Gráfica Central, Gera Sys e JMC —, o valor já passa de R$ 1,2 milhão em 2025.
São sempre os mesmos serviços, pagos várias vezes e com o mesmo tipo de justificativa.
Enquanto isso, a população enfrenta problemas na saúde, escolas com falta de estrutura e ruas cheias de buracos, mostrando que a prioridade da gestão parece não ser o básico, mas os contratos que nunca acabam.
As repetições e a falta de licitação clara são sinais de possível favorecimento e falta de planejamento.
O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado devem investigar esses contratos, já que a Lei de Licitações proíbe esse tipo de fragmentação de despesa.
A gestão de Valdir Lemes mostra um padrão preocupante:
as mesmas empresas, os mesmos serviços e o mesmo dinheiro saindo dos cofres públicos sem transparência.
Enquanto a cidade segue com problemas básicos, o governo continua assinando cheques para os mesmos fornecedores — como se o dinheiro público fosse infinito e sem dono.

Despesas pagas pela prefeitura para GRAFICA CENTRAL EIRELI-ME Completo aqui.

Despesas pagas pela prefeitura para NETCON COMERCIO DE PRODUTOS PARA INFORMATICA EIRELI Completo aqui.

Despesas pagas pela prefeitura para GERA SYS TECNOINFO LTDA-ME Completo aqui

Despesas pagas pela prefeitura para PLENA ASSISTÊNCIA TÉCNICA LTDA Completa aqui.

A Página Estado Transparente reforça que todas as matérias publicadas são fundamentadas em dados oficiais obtidos nos portais de transparência municipais, estaduais e federais.
Os valores citados na reportagem sobre Novo Repartimento foram retirados de registros públicos de despesas da prefeitura, disponíveis para qualquer cidadão consultar.
A página continuará exercendo seu papel de vigiar, informar e esclarecer a população sobre a destinação de recursos públicos, mantendo a independência editorial e a responsabilidade com a verdade.



