A sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (22) foi marcada por tensão e ataques diretos entre o vereador Fred Sansão e o prefeito Aurélio Goiano. Da tribuna, o parlamentar relatou que foi chamado de “bandido” pelo gestor durante a cavalgada do último dia 20, mas rebateu expondo o passado criminal de pessoas ligadas ao chefe do Executivo.
“Quem me chama de bandido tem assessores com fichas criminais quilométricas. Já foram presos por uso de arma em assalto, respondem por calúnia e difamação, e mesmo assim têm espaço, influência e são sustentados com dinheiro público”, afirmou Fred, exibindo documentos que, segundo ele, comprovam as acusações.
📲 Siga nosso perfil no Instagram
O vereador ainda denunciou que durante a confusão na cavalgada, um dos aliados do prefeito chegou a tentar intimidá-lo com arma de fogo durante os desdobramentos da cavalgada. Segundo Fred, esse episódio foi abafado por influência política, com tentativas de interferência no registro feito na delegacia.
“Eu vi uma ligação sendo feita para mudar completamente tudo aquilo que tinha acontecido. Essa é a realidade: quem tem ficha desse tamanho é que é bandido, não eu e nem meu pai”, completou o parlamentar.
O papel do “Bombom de Alho” e a blindagem do prefeito
Entre os nomes citados aparece “Bombom de Alho”, figura conhecida na cidade e apontada como assessor informal de Aurélio Goiano. Sempre atuante em ataques contra adversários da gestão anterior, hoje ele é visto como um dos mais fiéis defensores do prefeito.
Na delegacia, vídeos mostram Bombom de Alho confrontando Fred, filmando o vereador e acusando tanto ele quanto o pai de serem os verdadeiros criminosos, exigindo explicações sobre o patrimônio da família Sansão.
Gestão Aurélio Goiano mergulhada em confrontos
Esse episódio expõe a fragilidade da administração de Aurélio Goiano, que, em vez de priorizar soluções para os problemas da cidade, permite que assessores e apoiadores transformem o debate político em ataques pessoais e confrontos de rua. A falta de postura institucional gera uma escalada de hostilidade e reforça a imagem de um governo mais preocupado em blindar aliados do que em governar com seriedade.
Enquanto a população enfrenta problemas concretos como saúde precária, infraestrutura abandonada e crise de água em vários bairros, a gestão municipal se desgasta em brigas que nada resolvem e apenas mancham a imagem do poder público.
Siga nosso perfil no Instagram
A gestão de Aurélio Goiano revela-se cada vez mais centrada em perseguições e disputas pessoais. O uso da máquina pública para blindar aliados e atacar opositores cria um ambiente político instável e corrosivo, onde a pauta do interesse coletivo fica em segundo plano. Em Parauapebas, a sensação é de que a cavalgada virou metáfora da gestão: muito barulho, confrontos pessoais e pouco avanço real para a cidade.
A sessão da Câmara escancarou uma gestão baseada em ataques, intimidações e acusações mútuas. Se a prioridade da prefeitura fosse resolver a crise da água, melhorar a saúde e cuidar da infraestrutura da cidade, a população não estaria assistindo ao espetáculo de violência política que tomou conta de Parauapebas.
Veja o vídeo em que o vereador apresenta documentos na Câmara aqui
Siga nosso perfil no Instagram