Na tarde desta terça-feira (9), sogra e nora foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil em Parauapebas, acusadas de integrar um esquema de venda de cigarros eletrônicos a adolescentes, incluindo estudantes de escolas particulares da cidade.
A denúncia partiu do pai de uma adolescente de 14 anos. Desconfiado do comportamento da filha, ele verificou mensagens no celular que confirmavam a negociação do produto e flagrou o momento da entrega.
Segundo o relato, a garota foi surpreendida pelo pai durante um passeio em família, quando apresentou nervosismo dentro de uma loja. Ao checar o celular, ele encontrou conversas em que a filha combinava a compra de um cigarro eletrônico.
Diante da situação, o pai acionou a Guarda Municipal, que abordou o entregador — um motorista de aplicativo. O homem cooperou com a guarnição e indicou o local onde havia buscado a mercadoria.
No endereço informado, os agentes encontraram duas mulheres: a nora e a sogra. A primeira ainda tentou se desfazer de parte do material arremessando os dispositivos por cima de um muro, mas acabou detida. Já a sogra, funcionária de uma lanchonete, foi apontada como a principal fornecedora.
No total, foram apreendidos 112 cigarros eletrônicos, avaliados em R$ 120 cada. De acordo com a investigação, os produtos estavam sendo repassados a estudantes dentro das escolas, fato que revoltou o pai da vítima.
“É uma situação muito constrangedora. A gente coloca em um colégio caro esperando ter mais segurança, o que não aconteceu. Os traficantes estão se infiltrando dentro do colégio”, desabafou.
As autoridades ainda não divulgaram qual tipificação criminal será aplicada às duas mulheres, que permanecem à disposição da Justiça.