Nesta quarta-feira (23), as escolas da rede municipal de Marabá amanheceram vazias, reflexo de uma paralisação dos profissionais da Educação em protesto por melhores condições de trabalho e pelo cumprimento de reivindicações antigas da categoria. A decisão foi motivada por uma reunião agendada para a tarde de hoje entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (Sintepp), Subsessão Marabá, e o prefeito Toni Cunha.
De acordo com Tatiana Alves, coordenadora do Sintepp local, a assembleia dos professores será realizada logo após a reunião com o Executivo municipal, podendo resultar no anúncio imediato de greve, caso as propostas apresentadas pela prefeitura não sejam consideradas satisfatórias. “A gente já convoca a categoria para participar deste momento, porque quando nós sairmos da reunião, vamos conversar para saber se aceitamos ou não a proposta do governo e já faremos uma assembleia”, informou a sindicalista.

Entre as principais demandas dos educadores está o pagamento do piso salarial do magistério, compromisso assumido publicamente pelo prefeito Toni Cunha durante a campanha eleitoral, mas que, segundo o Sintepp, não foi cumprido após sua eleição. A categoria ainda reclama de dívidas acumuladas junto aos profissionais da educação, provenientes de gestões anteriores e mantidas pela administração atual.
Em nota, a Prefeitura de Marabá declarou que as Secretarias Municipais de Educação e de Planejamento e Controle estão em tratativas com o sindicato e buscam uma negociação que contemple as necessidades da categoria.
O impasse deve se definir nas próximas horas, podendo afetar ainda mais o calendário escolar e a rotina dos alunos da rede municipal. Caso não haja acordo, a greve pode ser deflagrada imediatamente.