Enquanto o prefeito Aurélio Goiano (Avante) segue repetindo em seus discursos públicos e redes sociais que “a cidade está quebrada” e que a gestão atual enfrenta uma crise financeira sem precedentes, os dados oficiais mostram uma realidade completamente diferente. Até o dia 26 de maio de 2025, a Prefeitura Municipal já arrecadou R$ 899.275.932,80.
O número está expresso em relatório público de receitas orçamentárias disponibilizado pelo próprio município, o que desmonta completamente a retórica do “caos financeiro”. Se a cidade estivesse, de fato, no vermelho, como justificar uma arrecadação próxima de R$ 1 bilhão em apenas cinco meses?
Arrecadação robusta, discurso fraco
A maior parte dessa receita vem de impostos municipais como o ISSQN, IPTU, ITBI, além de transferências do ICMS, IPVA e FPM, além de recursos federais destinados à saúde, assistência social e convênios. São quase 900 milhões de reais entrando nos cofres públicos, enquanto serviços básicos da cidade seguem com problemas recorrentes.

Chorume continua escorrendo no lixão, postos de saúde vivem abarrotados e a mobilidade urbana está em colapso. O discurso da escassez não condiz com os números. Ou o prefeito está mal informado ou insiste numa narrativa para justificar sua inoperância administrativa.
Apesar do alto volume arrecadado, a população segue sem saber para onde está indo tanto dinheiro. Obras prometidas ainda não saíram do papel, programas sociais estão estagnados e o transporte público continua um dos piores da região.
Enquanto isso, Goiano prefere aparecer em vídeos no Instagram afirmando que “herdou uma cidade falida”. A pergunta que fica é: com quase R$ 900 milhões arrecadados, o que já foi feito com esse dinheiro?
O povo de Parauapebas não é bobo. O que se espera de uma gestão que se diz “do povo” é transparência, investimento nos bairros, melhorias visíveis – e não apenas narrativas de escassez para esconder a ineficiência de um governo que, até agora, fala muito e entrega pouco.