A gestão do prefeito Valdir Lemes Machado enfrenta mais uma crise política em Novo Repartimento. Após a grande repercussão das denúncias de nepotismo e acúmulo ilegal de funções públicas, a filha do gestor, Ana Karoline de Almeida Machado Ramos, foi exonerada do cargo de Secretária Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Juventude. A decisão foi oficializada por meio da Portaria nº 2094, de 2 de outubro de 2025, publicada no Diário Oficial dos Municípios.
A repercussão de notícias sobre a dupla atuação de Ana Karoline, que exercia o cargo de secretária enquanto também atuava como médica em um posto de saúde local, levantou questionamentos sobre o uso indevido de dinheiro público e a legalidade do acúmulo de funções remuneradas. Essa situação intensificou a pressão sobre o prefeito, que já enfrentava acusações de favorecimento familiar desde o início de seu mandato.
Este não é o primeiro caso de nepotismo na gestão de Valdir Lemes. Desde 2021, Ana Karoline tem ocupado cargos de confiança, inicialmente como Secretária Municipal de Gabinete. Durante esse período, documentos e folhas de pagamento mostraram que ela recebia um salário de R$ 11 mil enquanto cursava Medicina em Marabá, a 200 km de distância, levantando suspeitas sobre o cumprimento de sua carga horária.
A polêmica se agravou com a nomeação do genro do prefeito, Geovam Natal Lima Ramos, como Procurador Municipal em 2021. Assim como Ana Karoline, Geovam também estudava Medicina em Marabá e recebia um salário superior ao do próprio prefeito. Diante da pressão pública e de investigações do Ministério Público, ele pediu exoneração em junho de 2023.
A exoneração de Ana Karoline não encerra o problema — pelo contrário, reacende o debate sobre a moralidade administrativa dentro da Prefeitura de Novo Repartimento. A gestão de Valdir Lemes, que já vinha sendo criticada por gastos excessivos com viagens, diárias e contratos de alto valor, agora é cobrada por transparência e responsabilidade ética na condução dos cargos públicos.
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O Futuro da Gestão e a Busca por Transparência
A exoneração de Ana Karoline, embora tardia para alguns críticos, é vista como uma reação à intensa fiscalização da sociedade civil e do Ministério Público. O caso reforça a necessidade de maior transparência e de rigor no combate a práticas que violam os princípios constitucionais da administração pública, como a impessoalidade e a moralidade.
A população de Novo Repartimento aguarda respostas e espera que as autoridades competentes continuem a fiscalizar a gestão municipal para garantir que os recursos públicos sejam usados em benefício da comunidade, e não para privilegiar familiares e aliados políticos.

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