O número de pessoas desaparecidas em Parauapebas tem chamado atenção das autoridades e da população. Segundo dados oficiais da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP), obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo portal Correio de Carajás, o município registrou 106 casos de desaparecimentos entre janeiro de 2024 e maio de 2025.
Mais da metade dos casos ainda sem solução
Do total de casos, 66 pessoas ainda seguem desaparecidas, o que representa 62,26% dos registros no período avaliado. Em números absolutos:
- Em 2024:
Foram 74 desaparecimentos, com 42 casos ainda não solucionados. - Em 2025 (até maio):
Já são 32 ocorrências, com 24 pessoas ainda desaparecidas.
Pessoas localizadas: vida e morte
O levantamento detalha o desfecho de parte das ocorrências:
- Em 2024:
30 pessoas foram localizadas com vida e 2 foram encontradas sem vida. - Em 2025 (até maio):
6 pessoas reapareceram com vida, enquanto 2 foram encontradas mortas.
Mês a mês: oscilações e picos de casos
Os dados mostram uma variação significativa ao longo dos meses:
- Janeiro de 2024: 9 desaparecimentos
- Janeiro de 2025: 8 desaparecimentos
- Setembro de 2024: O mês com menos casos, com apenas 3 registros
- Março de 2025: O pico do levantamento, com 10 desaparecimentos em um único mês
O cenário de março deste ano é particularmente preocupante: 8 pessoas ainda estão desaparecidas, uma foi localizada sem vida e apenas uma foi encontrada com vida.
Em maio de 2025, 7 pessoas desapareceram. Até o momento, 6 continuam desaparecidas e uma foi localizada morta.
Drama das famílias
O alto número de casos não resolvidos agrava o sofrimento das famílias, que seguem sem respostas e vivem diariamente a angústia da incerteza. Organizações sociais e entidades de defesa dos direitos humanos cobram mais recursos, estrutura investigativa e agilidade nas buscas.
O que dizem as autoridades?
Até o momento, a SEGUP e as demais forças de segurança estaduais ainda não divulgaram um plano específico de reforço nas investigações desses desaparecimentos em Parauapebas.

Fonte: Portal CORREIO CARAJÁS