A mineradora Vale confirmou nesta terça-feira (2) a morte de Ademar Barbosa Filho, de 46 anos, funcionário da empresa terceirizada SBV Soluções Ambientais, após um acidente na operação Gelado, em Parauapebas.
De acordo com informações preliminares, o trabalhador realizava atividades com uma escavadeira anfíbia, equipamento utilizado nas frentes de trabalho da barragem, quando o maquinário tombou. Apesar de o equipamento ser operado remotamente, o tombamento atingiu Ademar, que não resistiu aos ferimentos.
Essa não é a primeira tragédia na área do Gelado. Em 2024, outro trabalhador terceirizado morreu em circunstâncias semelhantes — um tombamento de maquinário pesado dentro da mesma barragem, então sob gestão da empresa Traterra. O novo acidente reacende o alerta sobre a segurança operacional nas atividades da Vale e suas contratadas.
Dois acidentes fatais em um intervalo de dois anos no mesmo ponto de operação levantam questionamentos urgentes sobre:
- Efetividade dos protocolos de prevenção;
- Fiscalização das empresas contratadas;
- Condições de segurança nas barragens;
- Ambiente de risco enfrentado pelos trabalhadores.
Em nota, a mineradora afirmou que iniciou, junto à empresa contratada, investigações internas para apurar as causas do acidente e que está oferecendo suporte à família da vítima.
Ademar, casado e pai de três filhos, trabalhava há cerca de três meses como operador de máquinas na SBV Soluções Ambientais.
“A Vale manifesta solidariedade aos familiares e acompanha a apuração dos fatos, garantindo que a assistência necessária seja prestada”, diz o comunicado.
A operação Gelado, em Parauapebas, é uma das áreas mais sensíveis da mineradora na região, com histórico de acidentes envolvendo equipamentos pesados e terceirizações.
As autoridades competentes foram acionadas, e a empresa afirma que colabora integralmente com as investigações.
Enquanto isso, o episódio volta a expor a fragilidade das condições de segurança em frentes de trabalho críticas da mineração na Amazônia.



