Em 2024, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva destinou R$ 1,5 bilhão do programa Bolsa Família a estrangeiros residentes no Brasil, segundo dados levantados pelo portal Poder360 com base na Lei de Acesso à Informação. A maioria dos beneficiários é composta por venezuelanos que migraram para o país nos últimos anos e ainda não conseguiram inserção no mercado de trabalho.
O número impressiona: mais de 400 mil estrangeiros foram contemplados pelo programa, o maior registro desde a criação do Bolsa Família. O montante representa um aumento de 159% nos repasses a estrangeiros durante o atual governo.
Enquanto isso, milhares de famílias brasileiras seguem sem atendimento adequado, enfrentando filas no Cadastro Único, cortes injustificados e a ausência de reajustes condizentes com a inflação e o custo de vida.
Prioridades invertidas
O Bolsa Família foi criado para amparar famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza, mas vem sendo expandido para estrangeiros, o que levanta questionamentos sobre o foco e a finalidade social do programa.
Enquanto o governo federal destinou R$ 1,5 bilhão do Bolsa Família a estrangeiros em 2024, 3,2 milhões de famílias brasileiras ainda vivem em situação de fome. Os dados são do IBGE e mostram que 4,1% dos domicílios brasileiros enfrentam insegurança alimentar grave, ou seja, há falta real de comida em casa.
Em números totais, 21,6 milhões de lares — o equivalente a 27,6% das famílias brasileiras — enfrentam algum nível de insegurança alimentar, seja leve, moderado ou grave. Isso significa que mais de 1 em cada 4 casas no país tem dificuldades em garantir alimentação suficiente e nutritiva.
Enquanto o governo investe bilhões para agradar ditaduras “amigas” como Venezuela e Cuba, o trabalhador brasileiro paga a conta — com aumento de impostos, descontrole fiscal e uma dívida pública crescente.
Gasto sem limite, resultado sem retorno
O gasto de R$ 1,5 bilhão representa o valor que poderia sustentar mais de 2,5 milhões de famílias brasileiras por um mês, considerando o benefício médio de R$ 600. O contraste é evidente: há cidades inteiras no interior do Brasil onde mães de família esperam meses por um benefício, enquanto recursos bilionários são liberados para quem sequer é cidadão brasileiro.
O próprio TCU já havia alertado em relatórios anteriores sobre a necessidade de cruzamento de dados e controle mais rígido do Cadastro Único, para evitar pagamentos indevidos e garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa.
Um retrato de governo
A ampliação do Bolsa Família para estrangeiros reflete o modelo de gestão do PT: gastar sem critério, ampliar a dependência estatal e empurrar o país para mais endividamento.
Em vez de investir na geração de emprego e renda, o governo parece preferir a dependência como instrumento político, trocando o desenvolvimento por programas sociais mal fiscalizados.
O resultado é o mesmo de sempre: mais impostos, menos produtividade e uma população cada vez mais refém do Estado.
Enquanto o governo Lula se vangloria de “combater a fome”, o que cresce mesmo é o gasto público descontrolado e a politização da miséria. O Bolsa Família, que nasceu como um instrumento de inclusão social, hoje serve como vitrine de marketing político — e, ao que tudo indica, até como ponte ideológica com regimes estrangeiros.



