A situação das escolas de tempo integral em Parauapebas, foi alvo de críticas contundentes da vereadora Erica Ribeiro (PSDB) durante a sessão desta terça-feira (30) na Câmara Municipal. Em um discurso acalorado, a parlamentar apresentou vídeos e depoimentos que revelam a precariedade das instalações, destacando que crianças estão dormindo no chão devido à falta de infraestrutura básica.
A denúncia da vereadora se concentrou na Escola Infantil de Tempo Integral Dalmo Tenório. Segundo Erica Ribeiro, apesar de ser uma “cidade milionária” com recursos significativos destinados à educação integral, o montante não foi aplicado de forma adequada. “É revoltante! As crianças estão dormindo no chão porque não há estrutura mínima para o funcionamento”, afirmou a vereadora. Ela ressaltou que a situação é tão grave que os próprios professores precisam levar tapetes para oferecer um mínimo de dignidade aos alunos.

A parlamentar classificou a situação como “inadmissível” e cobrou explicações da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Para isso, ela apresentou o Requerimento nº 219/2025, que solicita esclarecimentos sobre a aplicação dos recursos e a falta de estrutura nas escolas. O requerimento foi aprovado por unanimidade pelos vereadores, e agora a gestão municipal terá que se posicionar sobre o problema.
Segundo Érica Ribeiro, já foram destinados R$ 4,5 milhões para a educação em Parauapebas, mas até o momento nenhum centavo foi aplicado de forma efetiva nas unidades de tempo integral. O Requerimento nº 219/2025, aprovado por unanimidade, cobrar explicações diretas da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação (SEMED).
Além da falta de infraestrutura para os alunos, a vereadora também criticou a falta de valorização dos servidores e a inexistência de espaços adequados para o descanso dos professores, o que, segundo ela, torna o trabalho nas unidades de tempo integral “impossível”.

Parauapebas figura entre os municípios mais ricos do Pará, com receitas bilionárias oriundas da mineração. Ainda assim, a realidade descrita contrasta com os números oficiais de repasses para a educação integral, levantando questionamentos sobre a aplicação desses recursos.
A repercussão da denúncia na Câmara e a aprovação unânime do requerimento indicam a gravidade do problema e a pressão crescente sobre a administração municipal para que a educação, de fato, seja tratada como prioridade. A população e os pais de alunos aguardam as respostas prometidas pela gestão diante da exposição da realidade precária das escolas.

Enquanto a gestão municipal insiste em projetos de propaganda e discursos de “prioridade para a educação”, o cenário dentro das escolas mostra o oposto: crianças no chão, professores desamparados e nenhuma resposta concreta sobre quando a promessa de escolas integrais de qualidade será cumprida.
