A administração do prefeito Valdir Lemes, em Novo Repartimento, enfrenta questionamentos sobre a alocação de recursos públicos após a divulgação de contratos e valores que, somados, ultrapassam R$ 1,7 milhão destinados a serviços funerários. A cifra levanta um debate sobre as prioridades orçamentárias do município.
Uma análise mais aprofundada nos contratos da Prefeitura revela uma escalada alarmante nos gastos com serviços funerários, que saltaram de pouco mais de R$ 117 mil em 2021 para uma projeção superior a R$ 1,7 milhão entre 2024 e o início de 2025. O aumento, acende um forte alerta sobre a gestão dos recursos públicos pela administração do prefeito Valdir Lemes e levanta sérios questionamentos sobre a economicidade e a real necessidade de tais despesas.
Contudo, dados adicionais apontam para um volume de gastos consideravelmente maior no mesmo setor. foram registrados outros valores expressivos:
- Ano 2024: R$ 320.000,00
- Ano 2024: R$ 358.000,00
- Janeiro de 2025: R$ 320.300,00
- Janeiro de 2025: R$ 738.000,00
A principal questão que a administração de Valdir Lemes precisa responder é: o que justifica um aumento de quase 1.400% nos gastos com serviços funerários em um intervalo de três anos? Não há registros públicos de calamidades, como pandemias com picos de mortalidade ou desastres naturais em Novo Repartimento, que pudessem justificar uma demanda tão expressivamente maior por estes serviços.
O argumento oficial é de que os contratos visam atender famílias em vulnerabilidade social. Porém, especialistas apontam que não houve sequer transparência sobre o número de atendimentos realizados que justifiquem tamanhos valores.
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Enquanto isso, moradores denunciam falta de saneamento básico, precariedade nos postos de saúde e problemas estruturais em bairros inteiros. A crítica central é clara: há dinheiro para contratos milionários de funerária, mas não para resolver necessidades vitais da população viva.
Documentos de 2021 mostram que o Fundo Municipal de Assistência Social firmou dois contratos com a mesma empresa, a Funerária Nova Pax N.R Ltda., que somados totalizaram R$ 117.180,00 para um período de sete meses. Os contratos eram:
- Contrato Nº 20212049: No valor de R$ 100.800,00 , destinado à aquisição de urnas funerárias para famílias em vulnerabilidade social.
- Contrato Nº 20212089: No valor de R$ 16.380,00 , para cobrir serviços de translado de corpos.
Enquanto os contratos de 2021 eram vinculados ao Fundo de Assistência Social e claramente voltados ao atendimento de “famílias em vulnerabilidade social”, os gastos recentes parecem ter se expandido sem uma justificativa clara para o aumento exponencial, vinculados ao Fundo Municipal de Saúde.
Embora a prestação de auxílio funerário para famílias em situação de vulnerabilidade seja um serviço social importante, a magnitude dos valores em um curto período de tempo coloca a gestão de Valdir Lemes sob escrutínio. Críticos questionam se a alocação de mais de R$ 1,7 milhão para este fim é proporcional às outras demandas urgentes do município, como investimentos em infraestrutura, educação e na própria prevenção de saúde.
Até o momento, a prefeitura não detalhou a aplicação específica de cada valor, nem justificou a concentração de gastos no início de 2025. A transparência na execução desses contratos e a clara demonstração da necessidade de um volume tão elevado de serviços funerários são agora o foco das expectativas da população de Novo Repartimento, que aguarda esclarecimentos sobre as prioridades da gestão municipal.
Em quatro anos, os gastos funerários de Novo Repartimento saltaram de pouco mais de R$ 100 mil para quase R$ 2 milhões. Sem transparência e com prioridades distorcidas, a gestão de Valdir Lemes parece transformar a morte em um negócio milionário, deixando a vida dos moradores em segundo plano.
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