Ordem judicial proíbe novas invasões do MST e multa pode chegar a R$ 100 mil

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A Vara de Fazenda Pública e Execução Fiscal de Parauapebas concedeu, nesta terça-feira (12), uma liminar em ação de interdito proibitório cumulada com reintegração de posse e desobstrução de vias públicas, movida pelo Município contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocupantes ilegais e pessoas identificadas nominalmente no processo.

O pedido judicial foi apresentado após relatos de que, no dia 11 de agosto, integrantes do movimento ocuparam uma escola municipal no Assentamento Palmares II e ameaçaram bloquear rotatórias, acessos a Palmares Sul e II, além de áreas próximas à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Educação. Segundo a administração municipal, as ações colocam em risco a ordem pública, o direito de ir e vir da população e o funcionamento de serviços essenciais.

Decisão judicial

O juiz Wanderson Ferreira Dias considerou haver “ameaça concreta de turbação da posse do Município” e ressaltou que os bens públicos devem ser protegidos para garantir a continuidade das políticas públicas, como educação e transporte coletivo.

A liminar determina:

  • Desobstrução imediata da escola no Palmares II e demais bens públicos citados na ação;
  • Proibição de novas ocupações e bloqueios em vias e prédios públicos, com multa diária de R$ 2 mil por pessoa (limitada a R$ 100 mil);
  • Autorização para uso proporcional da força pública, vedado o uso de força letal;
  • Citação dos envolvidos e registro fotográfico das ocupações;
  • Notificação do Ministério Público e da Defensoria Pública;
  • Apoio da Polícia Militar para cumprimento da ordem.

A execução foi determinada em regime de urgência, com possibilidade de atuação imediata das forças de segurança locais.

Ocupação da Prefeitura

Na manhã desta terça-feira (12), integrantes do MST derrubaram o portão principal e invadiram o prédio da Prefeitura de Parauapebas. As câmeras de segurança registraram a ação, que ocorreu antes mesmo da apresentação formal da pauta de reivindicações do movimento.

Posicionamento da Prefeitura

Em Nota de Repúdio, a Prefeitura afirmou estar aberta ao diálogo com qualquer organização, mas ressaltou que não tolerará “atos violentos ou depredação do patrimônio público”. A gestão informou que a medida judicial visa preservar a segurança da população e os bens públicos e destacou que, até o momento, não recebeu oficialmente as demandas do MST.

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