Dinastia Barbalho: Indicações de Helder já somam 20 membros da família em cargos no Pará

Poder concentrado, influência familiar e silêncios incômodos: a perpetuação de um clã político no coração da Amazônia
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A política paraense segue marcada pela força de uma família que, há décadas, ocupa espaços estratégicos do poder público. Com o apoio direto do governador Helder Barbalho (MDB), a família Barbalho já emplacou pelo menos 20 de seus membros em cargos públicos no Pará, muitos deles em postos de alto escalão e decisivos para a administração estadual.

Segundo levantamento publicado pelo jornal El País Brasil, além de Helder, sua mãe Elcione Barbalho cumpre o sexto mandato como deputada federal; seu pai, Jader Barbalho, é senador; e o primo Igor Normando foi eleito prefeito de Belém. Outros nomes do clã também se espalham pelo Legislativo e pelo Judiciário.

A situação escancara o funcionamento de uma máquina familiar que controla o Estado com punhos de ferro. A lógica de domínio institucional ultrapassa a esfera política e alcança também o controle administrativo de órgãos de governo — uma forma de perpetuar poder à base de apadrinhamentos e vínculos consanguíneos.

Preparação para o futuro: Helder Barbalho Filho e o próximo capítulo da dinastia

Enquanto isso, um novo nome começa a surgir nos bastidores do poder: Helder Barbalho Filho. Jovem, com formação acadêmica robusta e proximidade com figuras públicas, o herdeiro político do atual governador já é apontado como o futuro nome do clã para dar continuidade à dinastia.

A movimentação não é aleatória. A preparação de Helder Filho sinaliza que a família Barbalho não está disposta a abrir mão do poder tão cedo. O projeto de longo prazo inclui manter o controle não apenas do Executivo, mas também do Legislativo e dos órgãos administrativos do Estado — uma estratégia que revela o quanto o Pará ainda é refém de estruturas políticas oligárquicas.

Uma política para poucos

A ocupação massiva de cargos públicos por integrantes de uma mesma família reforça a percepção de que certos grupos continuam operando acima da lei. O Estado, nesse cenário, deixa de ser um espaço plural e democrático para se tornar feudo familiar. É a velha política camuflada sob discursos progressistas, sustentada pela exclusão e pela perpetuação de privilégios.

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