A vereadora Érica Ribeiro (PSDB) usou as redes sociais para denunciar o desligamento em massa de quase mil profissionais da educação da rede pública municipal de Parauapebas. Segundo ela, a medida afeta majoritariamente mulheres que atuam como assistentes pedagógicas e desempenham papel fundamental no apoio a crianças com deficiência nas escolas.
Essas profissionais, que diariamente acompanham crianças nas salas de aula, prestando suporte pedagógico e emocional, estão perdendo seus vínculos com o município em um momento em que seu trabalho é essencial.
Em tom de indignação, Érica classificou a situação como um “absurdo” e reforçou que os números representam vidas, histórias e famílias que dependem diretamente desse trabalho. “Não dá pra fingir que isso é normal. Não é só um número. São histórias, são famílias que dependem desse trabalho”, afirmou.
A exoneração em massa levanta questionamentos sobre o impacto imediato na inclusão e no acompanhamento de alunos com deficiência, que já enfrentam inúmeros desafios no ambiente escolar. Sem essas assistentes, muitos desses estudantes podem ficar desamparados em termos de acessibilidade, aprendizado e acolhimento.
A parlamentar destacou ainda que a demissão desses profissionais compromete diretamente o processo de inclusão e a qualidade do ensino ofertado, especialmente para as crianças que necessitam de acompanhamento individualizado e atenção especial em sala de aula. “Mais do que isso: são crianças que estão perdendo parte do apoio que tinham dentro da sala de aula”, pontuou.
Érica defendeu a mobilização da sociedade diante do corte, cobrando posicionamento da gestão municipal e ações concretas em defesa da educação inclusiva. “A gente precisa falar sobre isso. Precisa cobrar, se posicionar e lembrar que educação de verdade se faz com pessoas, com afeto, com presença. E é por isso que estou aqui. Pra não deixar esse absurdo passar em silêncio”, finalizou.
Contexto: Os assistentes pedagógicos atuam no suporte a professores e no acompanhamento de alunos com deficiência, sendo essenciais para garantir um ambiente inclusivo e adaptado às necessidades desses estudantes. O desligamento em massa desses profissionais pode comprometer diretamente o cumprimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
A comunidade escolar, especialmente familiares de alunos com deficiência, também começa a manifestar preocupação com o futuro da assistência educacional no município. O caso tem gerado forte repercussão nas redes sociais e pode ser debatido oficialmente na Câmara nas próximas sessões.
Até o momento, a Prefeitura de Parauapebas não se manifestou oficialmente sobre as demissões.