Filha de Valdir Lemes recebe salário de R$ 11 mil da Prefeitura enquanto cursa Medicina em Marabá

Acúmulo de função, salário alto e presença em curso de Medicina fora do município levantam suspeitas sobre favorecimento e descumprimento de jornada de trabalho.
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Um novo escândalo envolvendo a administração do prefeito Valdir Lemes expõe o que muitos moradores da cidade já classificam como “farra com dinheiro público”. Documentos oficiais e publicações revelam que a filha do prefeito, Ana Karoline de Almeida Machado, ocupa um cargo comissionado na Prefeitura com salário bruto de R$ 11 mil, ao mesmo tempo em que cursa Medicina em período integral na cidade de Marabá, localizada a cerca de 200 km de Novo Repartimento.

O problema? Ana Karoline aparece também como estudante ativa do curso de Medicina na FACIMPA (Faculdade de Ciências Médicas do Pará), em Marabá, conforme lista de presença e trabalhos acadêmicos consultados pela reportagem, o que indica que reside ou pelo menos passa boa parte da semana fora de Novo Repartimento. O curso de Medicina exige dedicação em tempo integral, inclusive com atividades obrigatórias em laboratórios e hospitais da cidade.

Folha de pagamento mês 05 de 2025

Segundo os dados da folha de pagamento, Ana Karoline teve lançados 30 dias trabalhados e recebeu salário líquido de R$ 8.193,81, mesmo constando matriculada em uma instituição localizada a mais de 200 quilômetros de distância de seu suposto local de trabalho. A carga horária prevista em sua função é de 40 horas semanais, o que exigiria presença diária em repartições do município.

A denúncia provocou revolta entre moradores e servidores, que questionam se há real prestação de serviço e se a nomeação representa um possível caso de nepotismo cruzado ou uso indevido do cargo público para benefício pessoal da família do prefeito. A indignação é ainda maior diante do fato de que servidores efetivos com dedicação comprovada ganham salários bem inferiores.

A indignação popular é crescente. Moradores e servidores públicos denunciam o aparente uso indevido dos cargos comissionados para beneficiar diretamente a família do prefeito. Ambos os cargos exigem dedicação exclusiva e carga horária integral, o que levanta sérios questionamentos sobre fraude administrativa, improbidade e falta de moralidade na gestão de Valdir Lemes.

Com a repercussão, cresce a expectativa da população por esclarecimentos e, possivelmente, por apurações por parte do Ministério Público e da Câmara Municipal. O caso levanta questões sérias sobre uso de recursos públicos, transparência e moralidade administrativa em Novo Repartimento.

Nepotismo, salários altos e ausência do serviço: até quando a população vai tolerar?

A permanência de Ana Karoline nos quadros da Prefeitura, mesmo diante das evidências, agrava a situação do prefeito, que já vinha sendo criticado por gastos milionários com festas e contratos suspeitos. Com o silêncio das autoridades municipais e o crescente descontentamento da população, espera-se agora a atuação do Ministério Público e dos vereadores de oposição.

O caso pode se tornar um divisor de águas, caso a impunidade continue sendo a tônica da atual gestão.

Documentos comprovam que Ana Karoline de Almeida Machado estuda em Marabá e, ao mesmo tempo, está nomeada como servidora comissionada na Prefeitura de Novo Repartimento:

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