Aurélio Goiano incha máquina pública: 11 mil servidores e R$ 276 milhões em salários em 4 meses

Prefeitura gasta quase R$ 300 milhões com folha em 4 meses e não anuncia nenhum concurso
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A gestão do prefeito Aurélio Goiano fechou o primeiro quadrimestre de 2025 com um aumento expressivo no número de servidores e nos gastos com pessoal, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados de folha de pagamento, obtidos via relatórios de transparência da Prefeitura de Parauapebas, revelam um crescimento robusto no quadro funcional e uma elevação significativa no custo com salários e encargos.

Evolução no número de servidores: 2024 vs 2025

MêsServidores em 2024Servidores em 2025
Janeiro6.51910.238
Fevereiro7.08910.607
Março9.54711.359
Abril10.05811.145
TOTAL33.21343.349
Média8.30310.837

O crescimento no número médio de servidores ativos no 1º quadrimestre foi de 30,5% — um salto de 8.303 para 10.837. A maior parte dessa expansão ocorreu por meio de contratações temporárias e cargos comissionados.

Gasto com pessoal: salto de R$ 234 milhões para R$ 276 milhões

MêsGasto líquido em 2024Gasto líquido em 2025
JaneiroR$ 48.394.963,30R$ 63.864.720,57
FevereiroR$ 53.595.497,78R$ 69.106.743,31
MarçoR$ 60.685.563,65R$ 70.595.121,52
AbrilR$ 71.814.772,55R$ 72.903.339,74
TOTALR$ 234.490.797,28R$ 276.469.925,14

Em termos absolutos, o aumento de gastos com pessoal foi de R$ 41.979.127,86, o que representa um crescimento de 17,9% no comparativo anual.

E até agora:

Nada de corte de gastos.
Nada de Processo Seletivo Simplificado.
Nada de concurso público.
E o Decreto nº 666, que sustenta a contenção fiscal da nova gestão, vence em julho.

A situação se agrava quando lembramos que o relatório de transição, assinado por Glauton de Sousa Silva — hoje secretário de Fazenda — já alertava a necessidade de reduzir quase R$ 181 milhões em despesas com pessoal, o que equivaleria à demissão de cerca de 1.481 servidores, para garantir o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000).

Risco de colapso fiscal

A cada mês, o peso da folha aumenta, e a promessa de enxugar a máquina pública segue apenas no discurso. Enquanto isso, cresce a desconfiança sobre a capacidade do governo em manter os serviços essenciais e cumprir os limites legais.

Se não houver ação concreta e transparente, o município pode enfrentar bloqueios de repasses, restrições de investimentos, e até responsabilização do gestor por improbidade, conforme os dispositivos da LRF.

O governo Aurélio Goiano inicia 2025 como o mais gastador dos últimos anos em Parauapebas — com mais gente na folha, mais custos e nenhum sinal de contenção. A gestão agora tem pouco tempo para tomar decisões duras e evitar o estouro fiscal previsto no próprio diagnóstico interno.

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